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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Mouse morto no Ubuntu

Esse é para registrar e poupar o Google :-)

Quando instalei o Linux na minha máquina de casa, o primeiro problema que tive foi o mouse parar de funcionar de tempos em tempos. Embora o resto do computador continuasse funcionando, o X morria. Depois de muito navegar e pesquisar, descobri ser um problema no chipset nvidia 4, que a minha placa mãe utiliza. Ainda que plausível, este problema não causa qualquer problema no Windows XP. Isso me levou a vergonhosa tarefa de explicar às crianças que o Linux travava. Minha filha do meio perguntou porque usávamos o Linux, já que Windows XP não travava !

Com o Ubuntu 8.10, renovei minhas esperanças, mas o bug continua lá. O problema congela o mouse e depois o teclado, se este estiver ligado a porta USB. Comprei um teclado PS/2 (argh!) e tentei comprar um mouse também PS/2, mas para o outro micro :-) Descobri que o adaptador não funcionava e acabei usando como USB mesmo. Restou então utilizar bruxaria:

Script: ressuscita-mouse.sh
#!/bin/sh
modprobe -r usbhci
modprobe usbhci

Usando o xbindkeys e o xbindkeys-conf (ambos podem ser instalados usando apt-get), configurei ALT+M para executar o script acima. Como precisa ter poderes de root para executar o modprobe, criei o atalho usando o gksudo ressussita-mouse.sh
Funciona bem se você ainda tiver teclado :-) Como liguei meu teclado a porta PS/2, ele não é mais afetado pelo problema. Se seu teclado for USB, a solução é fazer um ssh para máquina e executar o script na mão.

Claro que eu reportei esse bug há bastante tempo, mas acho que o pessoal não liga muito para ele, ou ele é realmente difícil de resolver: Link pro bug. De qualquer forma, fica o registro dessa solução quebra-galho aqui.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Saudade e coisas de ano novo

O ano de 2008 passou muito rápido para mim e 2009 já está na porta.
A vida passa mais lentamente em cidades pequenas, pelo menos pra mim, mas nem tão lentamente assim. Como a TV Belga é muito ruim e minha TV (por IP) é pior ainda, resolvi alugar alguns DVDs e lembrar de coisas interessantes do Brasil.

Primeiro, alugar DVDs no Brasil é fácil. Você vai na locadora e pega 20 :-) Com algum cálculo mágico, eles te dão algo como uns 5 dias para ver os filmes. Aqui é mais simples. Pegando 10 DVDs ou 20, tem que devolver no dia seguinte ! E tem mais, a locadora só abre de 13:00 às 20:00... se devolver depois das 17:00 paga multa de €5,00 !!! Tudo muito mágico :-) Isso explica o por quê nosso recorde é de 3 DVDs no fim de semana (claro que não abre domingo, fica para segunda). Alias, nada abre domingo aqui: farmácias, supermercados... pode esquecer! Só restaurante e cinema e olhe lá!

Esse ano não vamos voltar ao Brasil pro Natal devido a crise do petróleo :-). A passagem dobrou de preço, mas agora está só 50% mais cara... de €600 para €900 é o que eu queria dizer, mas já foi €1.200 no auge da crise. O jeito é usar o Skype e o Orkut para falar com a família e os amigos. O bom e velho email fica de reserva.

É nessas horas que a razão volta e ajuda a passar a saudade. Internet no Brasil é um lixo mesmo. Até para falarmos pelo Skype é dureza. Manaus é uma cidade amaldiçoada em relação a Internet. Isolada no meio do continente e com a pior e mais cara Internet do país.

Fora as lembranças da Internet capenga, temos um kit de 3 DVDs para passar a saudade: Carandiru, Cidade de Deus e Tropa de Elite. Quando a saudade pinta, é só assistir a um desses filmes. Com o tempo, lembramos do Brasil e por incrível que pareça, lembramos só das melhores partes. Eu esperava não esquecer das piores partes, mas nada é perfeito, nem aqui nem lá, em lugar nenhum. Acabamos por contruir a imagem de um Brasil mais bonito do que realmente é, mas isso é coisa de imigrante mesmo :-) 

O Brasil é um país muito interessante e nossa pátria, isso o tempo não muda. Eu ainda acredito que a longo prazo, o Brasil será muito melhor que qualquer país europeu, mas isso por enquanto é só um sonho.

Esse ano conheci mais brasilieiros, o que definitivamente não é bom para aprender francês :-) mas que ajuda muito nessa época de Natal. Ao sair do país aprendemos a dar valor a coisas que antes eram certas como a ceia de Natal e os almoços de domingo em família.

Como nada é perfeito, o Orkut não funciona bem aqui em casa. As imagens e páginas simplesmente não carregam :-( Se eu esquecer de contactar alguém, fica aqui o registro de Feliz Natal e próspero ano novo. Com 5 horas de diferença para Manaus, ligar fica complicado.

Feliz Natal e próspero ano novo!
Joyeux Noël et Bonne Année!
Prettige Kerstdagen en een Gelukkig Nieuwjaar!
Frohe Weihnachten und ein gutes Neues Jahr!
Merry Christmas and a Happy New Year!

domingo, 2 de novembro de 2008

Ubuntu 8.10

Eu fiquei muito impressionado com o Ubuntu 8.04, não podia deixar passar o 8.10 sem testá-lo. O 8.04 eu havia testado em uma máquina virtual, o Virtual PC da Microsoft e funcionou bem depois de passar alguns parâmetros na inicialização do kernel. Há duas semanas também tive uma outra surpresa muito agradável usando Linux, quando o Bluetooth em Java funcionou sem problemas, ou melhor, com menos problemas que no Windows. Isso resume o quanto eu estava motivado para instalar o novo Ubuntu.

Baixei a imagem e gravei um CD de boot com o 8.10. Pra minha surpresa, embora a gravação tenha ocorrido bem, o CD não passou na verificação disponível no boot. Gravei outro CD, pois não confio no meu gravador já faz tempo. O segundo CD bootou bem e também passou na verificação de integridade. Eu havia separado partições no disco para brincar com o Linux: uma para o /boot, outra para o swap e finalmente uma para a raiz. Embora a instalação tenha sido mais lenta do que eu esperava, tudo ocorreu bem, salvo a perda de cores ao trocar do terminal pro modo gráfico. Isso me lembrou um dos maiores pesadelos de quando instalei meu primeiro Linux: fazer o X funcionar! Na época de placas VGA Trident... a coisa era realmente feia. Lembro que comecei a usar Linux porque podia criar vários terminais e ele botava com um simples floppy de 1.44 MB! Ontem, instalei o Ubuntu com a ATI Radeon 4670, uma placa média, mas que foi lançada há pouco tempo, menos de três meses.

O que mais me irritou durante a instalação foi a parte do particionamento. Eu já instalei diversos Linux antes, mas desta vez fiquei um pouco inseguro com o particionador da Canonical. Primeiro deu um belo problema, pois o iPod da minha esposa estava carregando e foi reconhecido pelo particionador como um drive USB, mas com partições incompatíveis. Depois disso, o particionador se perdeu e tive que reiniciar a instalação do zero, sem o tal do iPod desta vez.

Na segunda tentativa, tudo correu bem e até o particionador estava ajudando. Salvo a tela que pede para escolher a partição onde instalar o Ubuntu. Eu queria testar o 8.10 numa partição real, nada de máquina virtual. Mas a máquina também é usada por outras pessoas aqui de casa e obviamente roda Windows. Essa foi a etapa mais difícil, escolher o particionamento manual, com os gráficos de alocação do disco nada confiáveis e acreditar que na próxima tela eu teria oportunidade de escolher onde instalar o Ubuntu. No final, tudo ocorreu bem, o particionador finalmente perguntou onde instalar o Linux e que partições formatar.

A instalação demorou mais do que eu esperava, mas acredito que tenha sido meu drive de CD o culpado. No final, o Ubuntu instalou o Grub (sem perguntar) e adicionou mesmo o boot do Windows. Uma ressalva fica para o Grub: uma simples tela preta ! O grub do Gentoo que é um bicho de casca dura é muito mais bonito e colorido. O tema do GRUB padrão do Ubuntu é simples demais até para quem veio da era DOS.

Após um reboot, o sistema começou a funcionar muito bem e até ofereceu instalar os drivers proprietários da ATI ! Isso realmente foi inesperado, normalmente as distros são xiitas e não deixam instalar software "impuro" sem perguntar 3 vezes, quando deixam. A verdade é que quem compra uma placa de vídeo da ATI ou da NVidia pretende usá-las em jogos e aplicativos com aceleração 3D, pouco importa de onde veio o driver, desde que funcione. O modo xiita-open-source-seguidor-de-Stallman deveria ser opcional. Nada contra open source, mas nem todo usuário de Linux tem vocação ou tempo para ser um guerreiro do Emacs ou coisas assim. Muitos querem apenas um computador que funcione bem. Se é para ter problemas com drivers e paus constantes, melhor ficar no Windows mesmo.

Uma decepção veio com a versão do OpenOffice ainda a 2.4 e não a 3.0, mas por enquanto passa. Outro problema foram os temas... a escolha é tão ruim que o tema "human" fica realmente lindo. Ainda não fui atrás de outros temas, mas eu preciso de telas mais claras para crianças. Instalei o edubuntu para ter os programas que elas usam, mas ainda preciso humanizar a "human" para ser usado por humanos mais jovens.

Uma boa notícia é que o problema do mouse que travava o micro nas versões anteriores parece ter sido resolvido. Era um problema de hardware, com a controladora USB da Nvidia... mas que só ocorria no Linux, o bom e velho XP (a que ponto chegamos...) não tinha problema algum com o rato (mesmo escolhendo Português do Brasil veio rato como mouse mesmo:-) ). Pelo menos até agora. Enfim, o Ubuntu 8.10 está muito bom e quase pronto para ser usados por leigos. Eu diria que se você possui uma máquina que pode ser dedicada ao Linux, o Ubuntu pode até mesmo ser instalado sem grandes conhecimentos técnicos. Na 8.04 eu instalei usando o Wubi e foi muito bom, embora não tenha feito a mesma coisa com a 8.10, está também é uma grande alternativa. O melhor que é grátis para testar e correções saem todos os dias.
 
 

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Firefox Ubiquity

O Mozilla Labs está experimentando uma nova extensão para o Firefox, chamada Ubiquity . Esta extensão permite que você abra uma janela de comandos no browser e realize mash-ups muito interessantes.

A versão de teste, veja o vídeo, traz recursos como fazer pesquisas rápidas na Wikipedia, pesquisar endereços no Google Maps entre outros. O melhor de tudo é que os usuários podem definir novos comandos, veja o tutorial.

Se você quer inserir mapas no seu gmail, traduzir trechos de páginas web, procurar livros na Amazon sem sair da página atual, Ubiquity pode ter sido feita para você.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Backups

O tempo passa e até os computadores ficam velhos. Meu Ruindows nem se fala...

Depois que passei a usar o Mac, o PC ficou entregue as baratas, quer dizer aos outros usuários aqui de casa. A festa começou com temas alegres do fundo do mar, peixinhos 3D e coisas bizarras do tipo.

Infelizmente, computador não fica melhor com o tempo... e a coisa ficou feia até para ligar. Estou aproveitando para sacrificar minha instalação e começar outra do zero. Mas isso não é tão simples.

Meu computador é uma bomba feita pela Acer, logo não tem disco de instalação do Windows XP... só o tal disco de backup que eu mesmo tive que gravar... OK.

Outra coisa são softwares chatos que compramos e estragam nosso computador. Já estou imaginando aqui o aperreio para reinstalar o Delphi (original, por isso dá trabalho) e os milhares de jogos que meu filho joga (originais também, justo aqueles que pedem o CD no drive!).

Vou aproveitar para fazer um backup geral do sistema. Comprei um disco externo de 500Gb no supermercado, €69... um Maxtor Basic. Comecei o backup e descobri porque se chama Basic... tem que ser a velocidade do bicho... depois olhei direito e vi que tinha marcado apenas 76 GB pro backupzinho. Estou usando o NTI Backup que a Acer me deu !

Como não confio no Ruindows, vou fazer também uma imagem completa do sistema. Descobri que o NTI não faz imagem de HD, isso é um outro produto e esse não vem de graça no micro.

Visitando o thefreecountry, achei a lista dos softwares gratuitos que fazem imagem de HD ... mas o bom mesmo é o da Maxtor, o MaxBlast. Como o disco externo é de lá, resolvi usar o tal programa. Se você não tem um HD Maxtor, o preço do Acronis True Image(o MaxBlast para quem não é cliente da Maxtor) é quase mais caro que o próprio drive externo... compensa comprar o drive pelo software :-D

Mas o que mais me chamou a atenção é um artigo sobre como criar um disco de boot do Windows XP, escrito para àqueles afortunados como eu que compraram computador de "marca". O artigo é bem completo, dizendo o que finalmente fazer com aquele diretório i386 do seu computador.

A aventura ainda não terminou, afinal, backup nunca é rápido e reinstalação menos ainda.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

A Mac Life

Toda mudança dá trabalho, mudar de micro não é fácil. Pra não deixar barato, resolvi testar um Mac desta vez, um iMac.

Três dias depois da troca ainda estou me recuperando. Os atalhos de teclado me atrapalham, mas alguns já começam a ajudar nas tarefas do dia a dia. Antes um pouco de história:

Para me vingar do meu Windows, instalei o Ubuntu 8.04 com o Wubi... que instala o Ubuntu na partição NTFS. O mais engraçado foi ler Ubuntu abaixo de Microsoft Windows no próprio utilitário de boot da Microsoft, impagável. Mas o bicho não gosta do meu PC, ou meu PC não gosta de sistema operacional algum. A impressora parou de funcionar no Windows, depois que eu instalei a câmera de vídeo... não consigo reinstalar nem com reza. O scanner foi junto, maldito driver integrado. Infelizmente tenho vários programas registrados no Windows, melhor deixar como está e instalar a impressora em outro micro. O jeito é acreditar no Wubi e seguir com a instalação.

Em vingança, o Ubuntu e desde o antigo Gentoo da minha máquina resolveram combinar de não funcionar com a minha placa de vídeo. Até funciona, mas trava. Engraçado que o XP na mesma máquina não imprime mais, mas não me lembro da última vez que ele travou. Descobri que ter um AMD 64x2 com placa de vídeo da ATI é querer ter problemas com o Linux e com o X. O Ubuntu até que tenta, instala tudo. Reconheceu até a impressora que não funcionava no Windows... até o scanner funcionou depois do driver!!! Mas o micro continua travando. Milhares de forum posts depois meu Linux continua instável... (noapic, nolapic, irqpool e acpi=force já foram tentados em diversas combinações). Duro é explicar pra minha filha que o Linux trava e o XP não...

De volta ao Mac, continuo brigando com o cmd e a tecla control. Esse negócio de janela highlander, que não morre ao fechar está me deixando nervoso. Home e End também deixam saudades... cmd + <- e cmd + -> !!!! claro que continuo apertando as teclas no mesmo lugar que só atrapalham... logo depois de tentar ctrl + <- e ctrl + ->.

Mas nem tudo é ruim... ligo pro meu Guru Mac de plantão, no caso meu melhor amigo que mora em outro fuso horário... só 6 horas de diferença :-) Tempo suficiente para ser derrubado pelo Mac... raios, não consigo criar zips... Skype attack e voilà! Descubro que um menu do Finder faz o serviço... mas ativa-se este menu com o botão direito do mouse. Precisa dizer que o mouse não tem botão e que a bolinha também roda pros lados? Ok, batalha com o mouse... parece que nunca usei micro na vida :-)

Recebi uma lista de softwares do meu amigo-Mac-Guru para SCP, torrent (legais, claro) e melhorias do sistema. Agora tenho painéis que dizem tudo sobre a máquina... parece até o painel de controle de uma nave espacial. Para testar o torrent, baixei o "Cult of Mac" e acreditem, o seed foi feito pela própria editora No Starch Press (link). Pior que o link vai pro Pirate Bay... maldito Safari, trouxe o Pirate Bay em holandês... Zoek Torrents? Download deze torrent !!! Agora estou me sentindo realmente um velho, tendo problemas com o micro novo e vendo uma editora distribuir um livro via torrent e no Pirate Bay! Tomara que dê certo, pois no fim acabo comprando a versão impressa mesmo, ler no micro ainda é muito difícil pra mim. Abro o PDF e detesto o livro, salvei alguns euros com esse download.

E a saga continua... o tutorial da Apple manda eu copiar minhas músicas da biblioteca iTunes do Windows para meu Mac, claro usando um iPod. O problema é que eu não tenho iPod! Google neles e acho um tutorial exportando a biblioteca e editando o xml desta... ah deve ser a parte Unix da experiência :-)

10 x 0 pro iMac... e eu começo a procurar o til no teclado... descubro que não tem. Para aumentar a dificuldade comprei um teclado belga, pois estou acostumado agora com esse troço AZERTY. O til é alt + n ... depois você digita espaço pro til ou "a" ou "o" para ã ou õ. Até aí tudo bem. Mas descubro logo que não tenho acesso aos agudos do português... é e ç são fáceis, mas á é o desafio supremo, não tem mesmo... lembro dos primeiros dias de Windows... copiando caracteres do mapa de caracteres... Achei um editor de teclado e fiz um mapa belgo-brasileiro... agora sim. O Safari não gostou do novo teclado, mas agora está funcionando muito bem.

Depois de 3 dias de cruzada... acho que foi o melhor dinheiro que já gastei com computador. Muito bom mesmo. O choque da mudança é inevitável, mas compensa. Tio Jobs trabalha muito bem e faz máquinas melhores ainda.







 

domingo, 2 de março de 2008

LibFácil

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Uma coisa que não podemos esquecer é a busca constante pela nova versão da LibFácil. Quando eu programava em Clipper, um amigo apelidou nossa biblioteca de FazTudo, porque tínhamos quase tudo pronto naquela biblioteca.

O tempo passou e continuo a procurar uma nova versão da LibFácil, seja em Java, C#, Python ou Ruby. É interessante o esforço que um programador realiza em busca de novas bibliotecas. Muitas vezes, eu já perdi mais tempo procurando uma nova biblioteca do que se tivesse implementado do zero. Faz parte do risco, mas normalmente a recompensa de uma biblioteca é maior estabilidade e hoje no mundo do Open Source, podemos contar com atualizações diárias, comunidades para resolver bugs e intermináveis downloads, tutoriais e sites de como fazer.

Mas achar a LibFácil não é fácil. Eu participo do grupo Python Brasil, uma lista de discussão sobre Python e são frequentes as buscas por bibliotecas gráficas: GTK, QT, Wx... o mesmo para jogos onde temos a PyGame e a Pyglet. Em Delphi é a mesma coisa, com um agravante: componentes.

Não que tudo isso seja ruim, mas o excesso de opções tem lá suas desvantagens. Um exemplo, escolher a linguagem e o conjunto de bibliotecas para se escrever uma nova aplicação Web. Há tantas opções que a escolha se torna um trabalho hercúleo. J2EE, Ruby on Rails, Django, tecnologias Microsoft, Zope e os milhares de quase frameworks PHP, gerenciadores de site e Wikis mágicos que encontramos por aí.

Eu mesmo estou em busca da LibFácil para sites e descobri uma forma bem interessante de escolher a biblioteca para o serviço, no caso, sites Web com banco de dados, os antigos sistemas agora chamados de aplicações web :-) Uma vez que a Web é a nossa plataforma, uma forma de pensar neste tipo de problema é ver as opções de hospedagem. Qualquer aplicativo web hoje precisa de um servidor seguro e rápido, tanto em relação a banda de Internet quanto em processamento. Hospedagem nos EUA hoje é quase de graça, mas nem tanto. Se você escolher J2EE ou Python prepare-se para gastar mais. A maioria dos sites que encontrei só disponibilizam hospedagem em Python ou Java com hosts dedicados... aí a coisa fica muito cara. Mas a questão é a LibFácil.

Antes de começar a desenvolver o sistema, temos que escolher o banco de dados, a biblioteca de mapeamento objeto-relacional, o framework, etc, etc, etc. E cada uma destas questões é respondida por uma biblioteca diferente. O número de camadas de abstração cresce assustadoramente, tornando as aplicações mais simples lentas, mesmo em computadores com recursos absurdos como temos hoje. Essa semana estive discutindo sobre o uso de XML ou YAML em nossos sistemas :-) Porém, a decisão é sempre tomada em relação a maturidade das bibliotecas YAML ou XML. Como eu odeio XML, fica mais fácil, mas nem sempre é assim.

No final, você usa umas 15 bibliotecas para fazer qualquer besteira. E cada uma delas é um novo mundo. Talvez esta seja a explicação de programadores profissionais não trocarem tão facilmente de biblioteca. Uma vez que aprendem ou dominam um conceito, ficam nele uns 10 ou 15 anos... por isso que ainda encontro gente com saudades de Visual Basic ou Clipper. Era tão simples naquela época. Você instalava o compilador e já estava pronto para quase tudo, mas já existiam bibliotecas e componentes comerciais... mas era mais fácil. A vida com Delphi ou .Net não facilita muito as escolhas também. Eu uso o novo Delphi 2007 para Win32 e ele vem com umas 4 ou 5 formas diferentes de acesso ao banco de dados. Eu achei pouco e ainda instalei uma outra forma... e por ai vai. Felicidade deste tipo só encontrei em J2ME.

A busca da LibFácil às vezes nos desvia dos problemas reais. Eu já vi muitos desenvolvedores modificarem um problema simplesmente para poder utilizar a biblioteca que mais gostam. Quem trabalha com Java acha XML a coisa mais natural do mundo, Perl é lindo, Python é perfeito. É por isso que eu defendo uma certa independência entre quem desenvolve a solução e quem determina a arquitetura de tudo isso. Quem nunca viu formulários de aplicações Delphi completamente irritantes, tudo para usar os controles DataAware e facilitar a vida do programador :-)

E a busca da LibFácil do momento continua. Viva o Google e a Internet. A procura não termina jamais !

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

SamScript e o profissional de informática

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Acordei hoje pensando no que um profissional de informática deve saber. Pensando no que já aprendi nesses anos, cheguei a conclusão que a linguagem mais importante é o SamScript ou a língua do tio Sam.

Sem inglês, o que você pode aprender? Ok, há exceções, pessoas talentosas e meio mágicas que conseguem aprender tecnologia de ponta sem saber inglês, mas não lembro o nome de nenhuma dessas pessoas, por mais que eu tente. Esperar o livro em português não vale, demora pelo menos dois anos.

Não precisa falar ou escrever, embora ajude bastante quando você tem problemas. Imagine aqueles erros incompreensíveis... Google neles ! Mas aposto que o número de respostas em português será pelo menos 10x menor que em inglês. Alguns arranham com espanhol, mas na verdade o número de publicações em inglês é surpreendente. Ler em inglês é fundamental.

Bom, para ajudar, visite o Mango Languages. O site é muito bom e o preço é melhor ainda (grátis). Esses sites grátis são um mistério para mim, mas não precisa entender disso para acessá-lo.

Como a ano está começando, aproveite para considerar aprender SamScript, a linguagem realmente importante na informática, depois dela tudo fica muito mais fácil.